Mateus 14:27-29 – “ Mas Jesus imediatamente lhes disse:
“Coragem! Sou eu. Não tenham medo!”.
“Senhor”,
disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas”.“Venha”, respondeu ele.
Sabemos que nesta passagem Jesus está vindo ao encontro de
seus discípulos andando por sobre ás águas, no meio de uma tempestade. Os
discípulos ao vê-lo, não o reconhecem de imediato e acham até mesmo que seria
um fantasma. Mas Jesus lhes assegura que é Ele e então Pedro pede para ter
certeza, pede para Jesus mandar ele (Pedro) ir ao encontro de Jesus, também
andando sobre ás águas.
A nossa reflexão começa quando nos perguntamos o que é verdade para cada um nós?
- 1-)
Verdade é o que eu conheço, o que eu sei?
- 2-)
Verdade é o que eu sinto? Ou
- 3-)
Verdade é o que Deus diz?
- Conhecia
o mar, sabia o que era uma tempestade
- Sentia
medo devido às circunstâncias em que se encontravam, todos no meio do mar,
dentro de um barco, com uma dificuldade imensa para não afundar.
- E
Jesus estava então, dizendo a Pedro, então Venha...
Sabemos que Pedro, naquele momento decidiu que verdade é o
que Jesus diz, não é o que eu conheço pelas minhas próprias experiências,
conhecimentos e pensamentos, também não é o que eu estou sentindo, verdade é o
que Jesus está dizendo para mim. E naquele momento, mesmo com toda aquela
adversidade a palavra de Jesus para Pedro foi – Venha – e ele foi.
Como é que descobrimos essa verdade e passamos então a viver
por ela?
Em II Coríntios 10:5
nos diz: “Destruímos
argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e
levamos cativo todo pensamento, a torná-lo obediente a Cristo.”
Para deixarmos de viver de acordo com a nossa vontade, com
aquilo que nós mesmos definimos dentro de nós, ao longo da vida, como sendo
verdade, e muitas vezes uma verdade que se altera, relativista, uma verdade que
nunca é absoluta, precisamos:
- Destruir
os nossos próprios argumentos criados por nós junto com toda a nossa
pretensão que levantamos contra o CONHECIMENTO DE DEUS.
- E
depois, de destruirmos tudo isso, nós “pegamos” os nossos pensamentos e os
tornamos, os transformamos preso a obediência de Cristo.
Caminhando para a obediência a Palavra que é dita por Deus e
crendo em Jesus Cristo.
E porque devemos levar o nosso pensamento cativo à
obediência de Jesus Cristo?
Para não mais vivermos conforme as nossas forças, e os
nossos conhecimentos, mas sabermos dentro de nós, algo que vem de dentro e não
de fora, que a única verdade que existe é o que Deus diz, é o que Jesus nos
ensina, é a Palavra de Deus.
O apostolo Paulo, nos exorta, a sermos transformados pela
renovação de nosso entendimento, pois somente com uma mente renovada, poderemos
conhecer a vontade de Deus e sabermos que a vontade de Deus é boa, agradável e
perfeita. (ROM 12:2)
A lei de Moisés deveria funcionar como um espelho, isto é,
ao refletir o pecado do meu próximo como um espelho, esse pecado refletiria em
mim, e eu veria que tanto ele como eu somos iguais, no entanto, muitos judeus
não entenderam isso, e por não compreender o conceito de Graça embutido na lei,
muitos se tornaram legalistas e não puderam ser transformados.
Assim, a lei passou a existir como uma denuncia do pecado
existente dentro do coração do homem, sem o menor poder de transformá-lo, pois
eles permaneceram tão fixados em ser perfeitos aos seus próprios olhos e aos
olhos do homem, que não puderam ser perfeitos aos olhos de Deus.
Jesus os chama de hipócritas por várias vezes, pois nos
declara em Mateus 23:28, que os
mestres da lei e os fariseus estavam cheios de hipocrisia, maldade e iniqüidade.
Pois queriam aparentar que o exterior do copo, e do prato estavam limpos, ao
passo que no interior estavam cheios de toda impureza e imundície, pois eram
condutores cegos, pareciam justos aos olhos do povo, mas o coração estava longe
da Palavra de Deus, longe do que Deus estava falando, ensinando e mostrando.
Eles mesmos criaram as suas próprias interpretações das
leis, e sem questionar ou consultar a Deus, passaram a viver por elas.
Não entenderam que condenando a todos e apedrejando a todos,
chegaria o dia em que todos seriam apedrejados, pois em todos havia pecado.E como Jesus diz em Mateus 23:25, estavam tão preocupados com os ritos, cultos, cleros e sacerdotes, que se esqueceram completamente das coisas mais importantes, que era praticar a justiça, a misericórdia e a fé.
Jesus disse ao povo, não dá para colocar vinho novo em odre
velho, é necessário colocar o vinho novo em odre novo, nova criatura, nascida
da água e do espírito, com mente renovada e com conhecimento cativo a
obediência de Jesus Cristo.
Assim os judeus não tinham torah, isto é, eles não tinham a lei que vem de dentro, mas viviam
da lei de fora, que se mostra em uma vida com aparência de justiça.
Vivendo um comportamento, uma moral, cuja avaliação era
feita por homens, onde os próprios homens continuavam a julgar e a determinar o
bem e o mal. Ainda não haviam se libertado dessa árvore, e sem se libertar
dessa árvore, de se viver por si mesmo, não se pode comer da árvore da vida.
Então, não puderam ver em Jesus o Messias, tão esperado,
mesmo com tantos sinais e tantos conhecimentos das Escrituras foram cegados,
com mentes cauterizadas pelo próprio conhecimento que cada um em cada tempo,
com cada grupo, criou. E estavam tão confortáveis nessas regras, nesse mundo,
nessa forma de viver criada por eles, que se sentiram incomodados com a
presença de Jesus.
E assim como Caim, que viu que era muito difícil se converter
a adoração que Abel tinha, mas Abel o condenava diante de Deus, Caim matou a
Abel, com a tentativa de eliminar o seu problema.
Também os judeus fizeram assim, viram que era muito
desconfortável mudar suas vidas e seus pensamentos para viverem de acordo com o
que Deus estava falando na pessoa de Jesus Cristo e ao mesmo tempo a pessoa de
Jesus Cristo os condenava e os expunha a serem vistos como realmente eram por
dentro, então, resolveram eliminar o problema, matando a Jesus Cristo.
Hoje em dia, não é diferente, continuamos a matar a Deus que
se apresenta na pessoa de Jesus Cristo, e decidimos criar os nossos próprios
deuses, um Jesus Cristo diferente da imagem real do Deus Invisível.
Sempre que ouvimos sobre o amor ao próximo, o colocar as
toalhas nas cinturas e lavar os pés daqueles que consideramos traidores, amar
os nossos inimigos, nos colocarmos em posições vulneráveis para defendermos o
direito dos pobres, das viúvas e dos estrangeiros, sempre que sentimos que
seremos desprezados pela sociedade, pelo mundo, buscamos um outro Cristo, que
seja mais conveniente com o que EU MESMO ACREDITO SER VIDA E O CONCEITO QUE EU
MESMO CRIO DO QUE É SER DEUS.
Muitos têm comportamento, mas não tem caráter forjado a
imagem de Jesus Cristo.
E somente quem destrói toda a sua própria sabedoria, deixa
de confiar em sua própria força e riqueza, e levar cativo seus pensamentos e
vontades a obediência de Jesus Cristo, ouve a Palavra de Deus e sabe que
somente o que procede da boca de Deus é verdade para a sua vida.
Oração: Que nós possamos ter essa consciência e buscarmos em
Deus esse novo coração. Amém
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