sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Perdoar para ser livre

Quantas vezes é necessário perdoar alguém? Sete perguntou Pedro, ao que Jesus respondeu, não, sete não, mas setenta vezes sete.

Colocando em um balanço o perdão aparece sempre como débito, dívida, assim; todas as vezes que perdôo a dívida é cancelada do devedor, e o resultado nunca chega em 490 pois é zerado. 

Sempre que pensarmos em cancelar a dívida de alguém, o homem fica com a sensação de perda, mas se mudarmos o nosso olhar para as nossas próprias dívidas, vamos perceber que 490 vezes é pouco, precisaríamos de mais.

Perdoa as nossas dívidas, pedimos para Deus Pai, assim como nós perdoamos os nossos devedores.

É assim o Reino dos céus.
Deus é o Rei.
Nós os homens somos os seus servos.
E dentre os seus servos tem vamos chamar de coordenadores de servos.
Um dia o Rei chama um dos seus coordenadores para prestar contas, pagar dívidas que este tinha com o Rei.
O coordenador percebe que deve muito, e que não tem dinheiro para pagar toda a sua dívida.
O Rei diz que então, ele terá que dar tudo o que tem: família, casa, carro... tudo...
O coordenador clama ao seu senhor por misericórdia, dizendo que, um dia pagará o que deve.
O Rei sabe que ele nunca terá quantia suficiente para pagar, então, lhe perdoa toda a dívida deixa livre a sua família e lhe dá uma nova vida no seu Reino, sem dívida, sem ser devedor.

Foi a obra vicária de Jesus Cristo (salvação), nós os homens nunca conseguiríamos pagar a dívida que tinhamos para com o Rei e com o Reino, pois o salário, o recebimento exigido para a a nossa dívida (o pecado) era a nossa morte. Para quitarmos a dívida deveríamos morrer.

No entanto, o Rei assumiu a nossa dívida.  E sabemos, que quem assume a dívida de outro, se torna devedor por ele e agora a dívida que era minha e sua, se torna de Jesus, que paga o preço, para o cancelamento da dívida. Tendo sido quitado o título de débito (pelo sangue de Jesus Cristo), a dívida paga, estamos livres.  

E começamos a viver neste Reino sem dívida, pois o Rei cancelou, aceitou o pagamento o sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo. E nós para tomarmos posse do cancelamento da dívida nos arrependemos de nossos pecados quando percebemos que os nossos pecados, custou a vida de um justo, sem pecado, que não merecia morrer.

A história continua... então, o coordenador que teve sua dívida perdoada, possui servos que trabalham para ele. E um dos seus servos lhe deve uma quantia bem pequena em relação a qual ele devia ao Rei.

Este coordenador chama o seu servo devedor e exige que o servo devedor pague tudo o que deve.

Ao que o servo devedor diz que não tem com o que pagar, então o coordenador o mesmo que teve a sua dívida perdoada pelo Rei, exige pagamento a todo custo e encerra o servo devedor na prisão para que ele pague tudo o que lhe deve. 

O Rei fica sabendo, e chama o coordenador perdoado e lhe pergunta:

-- Escuta, você me devia algo impagável e eu lhe perdooei, não deveria você fazer a mesma coisa com o seu servo devedor?
E o Rei lhe dá uma sentença:

Por não ter usado de misericórdia com o seu próximo, você será lançado na prisão e torturado até que pague tudo o que deve.

Perdoar de coração o próximo é reconhecer que se é tão necessário de perdão quanto qualquer outra pessoa.

O perdão é difícil porque quem perdoa fica com o ônus da dívida, Jesus nos substituiu na nossa dívida e ficou com o ônus, a sua morte, para que eu e você pudéssemos ter vida.

Não podemos nos esquecer que o valor do perdão é sempre em relação àquele que foi prejudicado. É difícil perdoar o assassino de um filho, porque o fato de perdoar não traz o filho de volta, e não existe nada que se faça que pague o que foi feito, mesmo que o assassino seja morto, a morte do assassino não substitui a vida do filho que foi tirado.

Assim a nossa dívida para com Deus se torna maior e com certeza de que nunca conseguíriamos pagar, pois pecamos contra um Deus que é eterno, e nós seres humanos não somos eternos, como que um ser que é finito pode pagar uma dívida a outro que é eterno? Nunca. Somente Jesus, poderia.

Jesus nos ama, e nos chama ao arrependimento para sermos perdoados, e nos ensina que o amor transbordado nos traz a graça de oferecer a cada um que passe em nosso caminho o mesmo perdão que recebeu de Deus.

O perdão não é natural e sobrenatural, não provém do homem, mas de Deus, assim Deus por meio do Espírito Santo se faz morada em cada um de nós, para que possamos ter o sobrenatural de Deus atuando em nossas vidas e com a atuação do Espírito Santo, trabalhando em nós, de dentro para fora nós vamos perdoando e amando.

A medida do perdão de Deus para mim é para você é a mesma com que eu e você perdoamos aos nossos devedores. 

Amém.

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